Shimla - capital do estado indiano Himachal Pradesh, no norte da Índia.
Esta cidade é um pouco diferente dos sítios que tenho visitado. Desenhada pelo arquitecto francês Le Corbusier, apresenta imensas características das cidades europeias. Abrigada no sopé dos Himalaias e apresentando temperaturas bem mais agradáveis, esta cidade é óptima para fugir do ambiente caótico e poluído de Deli.
Em 1864 foi declarada capital de verão da "British India". Depois da independência da Índia, foi então declarada capital do estado do Punjab.
Aqui é possível assistir a episódios que julgamos terem caído completamente em desuso (ou que nunca existiram!)... O transporte de bilhas de gás, frigoríficos, malas de viagem, é feito por homens. Li num artigo de jornal que estas pessoas ficam de tal forma habituadas a ter tamanhos pesos nas costas que, sem este contra-peso, já não conseguem caminhar direito!
Como não poderia deixar de ser, a religião está sempre presente onde quer que caminhemos na Índia. Aqui não é excepção. Subindo 2Km de montanha, há uma estátua do deus-macaco do hinduísmo - Hanuman. (Devo dizer que a caminhada até lá acima não foi fácil mas, segundo as directrizes presentes numa placa, encontro-me no estado "Absolutely fit", eheh.) E, para completar o cenário, o que não faltam por lá são macacos! E ainda por cima ladrões... Roubam tudo o que puderem aos visitantes.
Neste templo, Jakhu Temple, fui abençoada por um "padre". Descalcei os sapatos, entrei no templo, fiz a oferenda ao "padre" e, em troca, fez-me uma prece, marcou-me a testa com tinta cor-de-laranja, deu-me de beber água abençoada e ainda me ofereceu uns doces sagrados (pequenas bolinhas brancas de açúcar) - doces esses que me foram roubados por um macaco! Espero que o facto de comer doces sagrados o perdoem de roubar objectos às pessoas...
Fomos ainda visitar o Viceregal Lodge, actualmente o "Indian Institute of Advanced Studies", onde, antigamente, era a casa de férias do vice-rei britânico da Índia. A sua construção data de 1888 e são bem visíveis os traços britânicos, desenhados pelo arquitecto britânico Henry Irwin. Diz-se que a mesa onde foi feita a Partição da Índia consta agora neste palácio. Esta partição conduziu à criação, em 14 e 15 de Agosto de 1947, de dois estados soberanos: Índia e Paquistão. Foi aceite por ambos os líderes políticos da altura: Muhammad Ali Jinnah, líder da Liga Muçulmana; e Jawaharlal Nehru, líder do Congresso Nacional Indiano.
Depois da independência da Índia, este edifício passou a ter o nome de Rashtrapati Niwas, e era usado como um retiro de verão pelo presidente indiano. No entanto, devido à sua negligência, o então presidente, Sarvepalli Radhakrishnan, decidiu, em 1964, transformá-lo num centro de estudos avançados.
Depois da independência da Índia, este edifício passou a ter o nome de Rashtrapati Niwas, e era usado como um retiro de verão pelo presidente indiano. No entanto, devido à sua negligência, o então presidente, Sarvepalli Radhakrishnan, decidiu, em 1964, transformá-lo num centro de estudos avançados.
A caminho de Deli, fizemos ainda uma paragem em Chandigarh: capital dos estados de Punjab e Haryana. Se já tinha achado Shimla com traços europeus, então nesta cidade senti-me completamente numa cidade europeia! Com uma enorme praça cheia de lojas, as estradas limpas e organizadas, juntamente com umas meninas a venderem um poster do Cristiano Ronaldo, poderia mesmo dizer que estava em Lisboa. Apesar de todo este feeling, rapidamente desci à terra porque todas estas características vêm acompanhadas do calor que, aqui, já se faz sentir sobremaneira. O facto de caminharmos cada vez mais para sul agrava toda este problema de termómetros.
Depois de deixar esta cidade, conduzi pela primeira vez um carro com o volante no lado direito! A tendência, como não poderia deixar de ser, foi de usar a mão direita para mudar as mudanças assim como para ligar os "piscas". Resultado: estava constantemente a bater com a mão na janela e a ligar os pára-brisas!