Translate

quarta-feira, 19 de junho de 2013

4 meses + 1 semana na Índia


Apesar das saudades da comida portuguesa e dos amigos de Portugal, a vida pela Índia continua a correr da melhor forma, ainda para mais quando recebemos agradáveis visitas portuguesas, com presentes que já deixavam saudades: bacalhau, atum, queijo, bolachas, paté de sardinha, revistas, livros e jornais portugueses. Toda uma panóplia de presentes que sabem tão bem, especialmente quando estamos a cerca de 8000 Km de casa. Obrigada Carla e Tina! Obrigada Mãe! :))


Apesar do calor insuportável que se fez sentir no início da semana que passou, mostrámos que somos mais fortes e fomos visitar Nova Deli. Por entre vários monumentos visitados, e dado que ainda não tinha visitado, destaco o mausoléu de Nizamuddin: Nizamuddin Dargah. Frequentado por muçulmanos, lá fomos nós complexo adentro, com a cabeça e os ombros cobertos (e, ao que parece, também tínhamos que cobrir as pernas, facto que só descobrimos no fim de atravessarmos todo o complexo!). Nos corredores deste complexo vê-se imensa pobreza e pedintes mas, ao mesmo tempo, as crianças super felizes com um grande tanque cheio de água que faz as vezes das nossas limpas piscinas.

No ISKCON Temple assistimos a uma cerimónia hindu em honra ao lord Krishna. Dois indianos comandavam as lides, cantando e tocando uma espécie de acordeão, enquanto o resto das pessoas acompanhavam a canção, batiam palmas, esperando ansiosamente a abertura das portas e a hora de prestar o culto ao Lord Krishna. Chegado o momento, deitam-se em frente às portadas das janelas, beijam o chão, benzem-se e fazem as suas orações. É impressionante a tamanha dedicação destas pessoas para com a religião.


E quase como ir a Roma e não ver o papa, vir à Índia e não visitar o Taj Mahal é imperdoável. Desta feita, lá fomos até Agra para ver a imponência deste mausoléu. Considerado uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo Moderno e Património da Humanidade pela UNESCO, confesso que me desiludiu um pouco. Não posso negar que quando passei a porta principal que dá acesso ao Taj Mahal e avistei o edifício, fiquei impressionada com tamanha beleza e prepotência mas quanto mais próxima do mausoléu, mais semelhanças encontrava com outros monumentos avistados anteriormente. Talvez seja ingrato dizer estas palavras mas correspondem, de facto, ao que senti.

O forte de Agra é, de certa forma, parecido com o forte de Delhi, pelo que não foi novidade para mim. Contudo, a vista sobre o Taj Mahal e a presença dos macacos fazem com a que visita se torne mais agradável.
Vistas as coisas mais importantes em Agra, fomos até à cidade fantasma de Fatehpur Sikri. Conta a história que, aqui, o rei tinha três mulheres: uma cristã, uma hindu e uma muçulmana. Não conseguindo ter filhos de nenhuma delas, foi até ao túmulo de Sheikh Salim Chisti onde se diz que os desejos se tornam realidade. Assim sendo, passado um ano (e partindo do pressuposto que o seu desejo era ter um filho), teve um filho da mulher hindu.
Tomb of Sheikh Salim Chisti (Construção com pedra branca)
A viagem para Jaipur, capital do estado de Rajasthan, foi cansativa mas o constante surgimento de vacas, camelos e elefantes tiraram qualquer sono que tinha.
Jaipur é uma cidade diferente de Delhi. Diria mesmo que tem mais aspecto de cidade do que a capital per si devido à sua construção mais cosmopolita. Por entre templos, palácios e museus, cabe-me destacar a cidade velha, construída à volta de uma muralha cor-de-rosa, a condizer com todos os edifícios cor-de-rosa cobertos pelo muralha - é por isto que é conhecida como a cidade cor-de-rosa.

Antes de voltarmos a Delhi ainda parámos em dois palácios: um sobre a água - Jal Mahal - e outro no meio de colinas, árido e seco - Forte e Palácio de Amber.

Jal Mahal


Amber Fort and Palace